segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fila, telão e um excelente aprendizado!




Um aviso na confirmação para a presença no terceiro dia do Festival Internacional de TV, promovido pelo Instituto de Estudos de Televisão (IETV), dizia para os inscritos chegarem com 30 minutos de antecedência. Marcado para às 19 horas, era necessário, então, chegar ao prédio "Oi Futuro" às 18:30h. Cheguei às 18:35h e a fila para entrar alcançava à esquina da rua dois de dezembro, no Flamengo.

Uma amiga que estava (na fila) quase na entrada do prédio me disse que chegara às 18 horas em ponto e algumas pessoas da organização do evento já tinham avisado que ela não entraria no teatro para assistir de perto a palestra sobre o tema "Transgressão e renovação: as novas formas de humor na TV brasileira". Uma pausa para explicar o porque de tanta gente. O debate era com o apresentador do "CQC", Marcelo Tas; Marcelo Adnet, do "15 minutos", MTV, seus respectivos diretores, e Sabrina Sato, apresentadora do "Pânico na TV". Fenômenos do novo humor inteligente na TV e da mídia que qualquer pessoa, principalmente profissionais e estudantes de Comunicação, gostaria de ouvir.

Conversando com alguns presentes, descobri que muitos chegaram antes das 17 horas. Mas apenas 50 puderam assistir de perto o tão esperado debate. Fui uma das que ficaram de fora. De fora do teatro. Pois a palestra teria transmissão simultânea em dois telões: um no primeiro andar e outro no oitavo. Minha amiga desistiu. Ficou revoltada com a falta de estrutura. Havia muitos assim.

Enfim, após quase uma hora de atraso, deu-se início ao debate. E para a surpresa (e extrema alegria) de todos que estavam do lado de fora, nós, os "excluídos", fomos muito lembrados por todos os palestrantes do lado de dentro. Nossas manifestações em gritos e chamamentos eram ouvidos por eles e sempre respondidos com risos e acenos. Muitas perguntas provindas da platéia externa foram respondidas. Acho, inclusive, que o carinho deles por nós era maior.

Mesmo depois da fila, de vê-los por uma parede branca, de não ter minha pergunta respondida (sei que foi por falta de tempo) e enfrentado um trânsito de duas horas até chegar no Flamengo. valeu muito a pena esperar. O lucro: aprender com quem pratica e vive diariamente bons, e escassos, programas de TV. Ah ... e uma foto com Marcelo Tas, o inesquecível professor Tibúrcio.