domingo, 20 de dezembro de 2009

"Ser capitã desse mundo"





"Ser capitã desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteiras
Me encantar com um livro que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso, poder falar a verdade."


Eu ouço esta música há tempos, mas foi só há dias que me tocou e passou a reger meus momentos. Tais que me confundem ao pensar se consigo e quero ser capitã do meu mundo. Decidir minha vida, assumir os riscos e as vitórias. Não ter que contar para as pessoas os planos, não ter que pedir permissão para realizá-los ou ter que ponderá-los. Simplismente mergulhar e acabou. Essa vontade que dá de compartilhar pensamentos e sonhos, seria melhor se ficasse apenas em compartilhar literalmente. Mas temos que ouvir a opinião de todos sobre o "plano" a ser seguido. Isso me incomoda um pouco. Mas as vezes penso: "Será que tudo que decido é tão contrário a maioria?" Enfim... primeira questão para 2010...


"Viver um ano em segundos" me remete a ter um acontecimento de grande proporção porém de pouca duração. Um casamento talvez. A cerimônia de um enlace matrimonial mais um almoço para oficializar junto a familia pode durar de três a quatro horas. No entanto, a mudança que isso causará na vida de nós dois é eterna, mesmo não sendo assim o relacionamento. Muda tudo. O sentimento, a cumplicidade, a amizade os compromissos, a postura, o chamamento (Meu marido). Mais uma questão que pode ser ainda em 2010...


Nunca achei sonhos uma besteira. Por mais inalcançaveis que fossem. Esse ano quero alcançar uma estabilidade financeira legal. Quero bombar nas festas e trazer prosperidade para todos nelas envolvidos. Quero poder fazer isso. Ao mesmo tempo, tenho em mente participar de alguns concursos públicos dentro da minha área. Não consigo visualizar melhor plano de carreira do que de um funcionário público no momento. Não para mim que ainda não alcancei um degrau considerável na minha profissão.


Verdade é a palavra que guiou minhas últimas atitudes de 2009. Foi o que me impulsionou. Desfazer o que seria feito sem verdade, refazer sem nebulosidade em volta. Tudo sempre as claras. Nos relacionamentos familiares, amoroso e com amigos. Senti-me tão confortável que nunca mais terei atitudes sem 100% de verdade. Não mesmo.
Espero um 2010 muito real. Porque não planejo nada que não seja. E com DEus ao meu lado me dando saúde e fé, vou conseguir.


Feliz 2010!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A primeira perda


Eu nunca tive uma perda familiar próxima. Ninguém com quem eu tenha convivido, tenha tido histórias, passado natais ou ido em aniversários. Mas hoje tive a primeira. Meu avô paterno.


Na verdade, ele é (era) padastro do meu pai. Mas cresci chamando ele de vô. Quando o entendimento começou a pairar na minha mente infantil, eu, às vezes, ficava sem saber se o chamava de vô João ou de seu João já que não era de verdade meu avô. Mas o sentimento era de neta e assumi esse papel que também por ele era assumido. E hoje minha irmã me ligou para me dar a notícia. Fiquei triste. Por muitas coisas.


Por não ter estado ao lado nos últimos dias, por já ter alguns anos que não passo os natais com ele, por não ter ligado no último aniversário, por não ser tão presente depois que deixei de ser criança. Mas tem uma coisa que me conforta. Eu fui a amiga oculta dele no natal passado e ele me deu uma caneta com o meu nome. Linda. Disse que era para que eu usasse na minha carreira de Jornalista (havia me formado no mesmo mês). Não sei onde está a caneta. Mas vou procurar por todos os cantos. Está em alguma gaveta. Tenho certeza.


Vô João, vai com os anjinhos e passe essa paz que o senhor passava para nós lá em cima também. Fica tranquilo que agente cuida da minha vó. E desculpa pela distância que deixei acontecer. Mas agora lá de cima vai ver que o amor sempre existiu. Pode perguntar pra Deus. Ele vai te confirmar. Fica em paz!!!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um ídolo ...

Muitos não se esquecem do primeiro gol, feito no pátio da escola. Ou do primeiro frango, quando se foi escalado à revelia para jogar debaixo das traves. Do primeiro beijo de língua, da primeira cicatriz, do primeiro fora e da primeira vez em que se ouviu “eu te amo”, ninguém se esquece.

Também não nos esquecemos da primeira vez em que ouvimos “vou para a casa da minha mãe”, do primeiro divórcio, da audiência na Vara da Família, do terno e do cinismo do advogado do outro, e do tédio do juiz, que já ouviu aquela ladainha tantas vezes...

Nem do primeiro reencontro casual com a ex, em que ela, sorridente, está mais bonita, mais loira, menos cacheada, mais magra, com um par de seios novos, maiores e um vestido bem mais curto que os anteriores, muito bem acompanhada por alguém mais bronzeado, simpático, gente fina e absurdamente mais sarado.

Ela também não se esquece do dia em que vê o ex saindo do restaurante mais caro da cidade- enquanto antes só a levava no pé-sujo mais barulhento-, abraçado a uma garota mais nova que os filhos deles, usando boné, tênis All Star, sem os cabelos brancos de antes, mas ainda com aquela eterna barriguinha, fumando [desde quando voltou a fumar?] e entrando num carro que daria para pagar a pensão alimentícia de todas as mulheres presentes no empreendimento gastronômico citado.

Ambos os gêneros não se esquecem do primeiro orgasmo, do dia do sim, da lua-de-mel e da primeira vez em que ele é obrigado a dizer “isso nunca me aconteceu”. Também não nos esquecemos da primeira vez que em ouvimos “não é isso que você está pensando”, “o problema não é você”, “o celular estava no vibracall” e “não bufa”. Nem da primeira camisinha. Muito menos da primeira camisinha estourada.

Diz o pensador Washington Olivetto, que uma garota não se esquece do primeiro sutiã. O que as garotas não sabem é que nós, garotos, não nos esquecemos da primeira vez em que prendemos o bem mais precioso no zíper da calça. Vemos estrelas. É como se o Big Bang se repetisse bilhões de anos depois.

Elas nunca se esquecem da primeira curetagem, e eles, do primeiro exame de próstata. Acho que poucos se lembram da queda do primeiro dente-de-leite. Mas ninguém se esquece da primeira extração do primeiro siso. Ou da primeira operação para extrair as amídalas. Ou da primeira dentadura.
Não nos esquecemos também quando o limite de colesterol passou para o nível inaceitável, ou quando ouvimos pela primeira vez a pergunta: “Você tem caso de diabetes na família?”

Da primeira vez em que o time de coração ganhou a Libertadores, alguém se esquece? Nem os corintianos, da quantidade de vezes em que o time foi eliminado perto das finais. Nem em qual churrasco estava nas finais das Copas do Mundo de futebol. Nem do pênalti perdido pelo craque do time na decisão. Ou da primeira vez que entrou num estádio. Ou dá última, em que passou mal, depois de jantar o dogão com purê e maionese da rua em frente.

Ninguém se esquece da primeira vez em que andou de bicicleta sem rodinhas, da primeira vez em que boiou sem a ajuda dos braços do avô, do primeiro tombo do cavalo. E do primeiro e indigesto fio de cabelo branco, alguém se esquece?

E do tamanho do primeiro celular? E da primeira bicicleta? E do primeiro carro? E da cara do primeiro instrutor da autoescola? E de todas as casas em que morou? E do primeiro cachorro? E de todos os outros? E dos gatos? Da babá? Da primeira escola? E da última? Da primeira namorada? E da última?

Tudo bem se esquecer do número do PIS/Pasep, ou do passaporte, que muda a cada cinco anos. Mas alguém se esquece do número do próprio celular, RG, CPF ou do telefone da mãe? Do aniversário?

Alguém se esqueceu da reação que teve quando soube que o Senna, o Tancredo, a Diana, o John Lennon, os Mamonas e o Michael Jackson morreram? E por qual canal assistiu a queda das Torres Gêmeas no 11 de setembro? E da primeira greve? Do primeiro voto? Da primeira vez diante da urna eletrônica? Da primeira vez que voou de avião, ou helicóptero, ou para o espaço?

E a Zélia anunciando pela tevê que cada brasileiro teria o direito de sacar apenas R$ 50? E das Diretas Já? E dos caras pintadas? E do Collor dando adeus? E do que estava fazendo no dia do blecaute? E do dia em que o PCC parou a cidade?

Alguém se esquece do cheiro da avó? Do perfume do amante? Do gosto da manga, da água de coco, do caju, do figo? Do cheiro do mar? De dizer “feliz ano novo”? De curar soluço? Do primeiro vestibular? Do homem chegando na Lua? Do primeiro porre?

Depois dizem que somos um povo sem memória.

(Marcelo Rubens Paiva)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Fazer suas próprias escolhas...

Nunca pensei que escolher um caminho trouxesse tantos problemas. Simplesmente por não ser a escolha que alguns concordam. Tudo bem se o problema é discordar... mas nada bem se isso se tornar uma imposição e uma mudança no tratamento para comigo.

Foi o que houve. Adivinhações sobre o meu futuro choveram também. De repente eu já sabia qual seria o meu futuro, como seria minha vida e que não daria certo desse jeito que decidi seguir.

O que tem de gente rindo da minha situação "não está no gibi". Como assim uma mulher de 28 anos não tem o direito (tranquilamente) de decidir sua vida? Devo confessar que esta mulher de 28 anos não se vira muito bem sozinha. Sem hábito de cuidar de si mesma e de uma casa. Pode ser por este motivo que eu ainda passe por isso.

Que preguiça de mostrar pra alguém que sou capaz... saco! Preguiça maior de enfentar "ventanias e correntezas" para conquistar o que desejo... blá!!! Não sei que necessidade há de mostrar pro mundo as nossas escolhas, caminhos, opiniões e conclusões... Está decidido e ponto! Claro que não... tem a ventania, a correnteza, a inundação... dia claro com temperaturas amenas??? HA-HA-HA... só rindo.

Saco cheio total... e se eu mandar tudo pro inferno??? Pior ainda... nunca fui disso. Sempre dei satisfação do que decidia. Seria mais chato do que já está sendo.

Vamos conversar pela última vez. Pela última vez...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"Olhar pra frente e sempre acreditar..."

Há meses atrás acreditei em um projeto muito bom. Bom de verdade. Feeling para isso eu tenho. Não para guiá-lo sozinha, mas para sentir que pode dar certo. Deu meu suor por ele. Meus finais de semana, minhas madrugadas muitas vezes. E de repente acabou. Primeiro uma periodicidade maior, depois um tempo. Tempo que até hoje não terminou. "Apenas para organizar as coisas", era o que ouviamos. Sim, terceira pessoa do plural. Éramos uma equipe de nove pessoas acreditando nisso.

Fomos desconsiderados da forma mais desonesta que já vivi no ambito profissional. Há crise no mercado de jornais impressos? Sim, somos bem informados para sabermos disso. Algumas empresas precisaram que seus funcionários trabalhassem por metade de seus salários ou até sem recebe-los. Tudo previamente acordado. Acordo. Foi exatamente o que nos faltou. Não somos radicais ao ponto de não conversarmos e tentar adequar as situações de forma positiva para os dois lados. Mas não houve respeito para conosco. Já são quase quatro meses sem receber. E sem resposta.

Quatro meses sem salário, sem pagar minhas contas, dependendo da boa vontade de quem vê meu desespero e que não tenho culpa disso. Para quem se solidariza com a situação e que acredita que merecemos o minimo de respeito profissional o nome do jornal é repórter do concurso, com letra minúscula mesmo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

"O sentimento não pára"


Esse negócio de futebol é bem complicado.

Quando tudo tá indo bem, vem uma regra e muda tudo.

"Gol na casa do adversário é critério de desempate". O que desempata jogo de futebol é gol, não é??? Ou pelo menos deveria ser...

No jogo desta quarta-feira, 3 de junho, Vasco e Corintians disputavam a vaga para a final da Copa do Brasil. No primeiro jogo, placar de 1x1. Isto é, com a torcida vascaína se manifestando os 90 minutos inteiros, o timão ainda consegui marcar um gol. Mas também o Vasco o fez.

O que pensar do timão com, agora, sua torcida gritando durante todo o jogo e não conseguir fazer gol nenhum? A lógica da regra se confundiu.

Se esta fosse: jogo empatado independente de gol no Maracanã ou no Pacaembu. Considerássemos o jogo de 180 minutos. Empate cá, empate lá... leva aos penaltis.

Enfim...

Tudo isso para registrar que o Vasco perdeu sem perder. Perdeu para a regra do campeonato. Que pode até ser clara, mas não convence.