quarta-feira, 23 de maio de 2007

Evolução violenta.

A cidade do Rio de Janeiro está vivendo uma fase de extrema violência urbana que aumenta a cada pesquisa do ISP (Instituto de Segurança Pública). Dos vinte delitos analisados pelo instituto no 1º trimestre de 2007, quinze tiveram aumento. Estes dados nos assustam por si só. Mas além do aumento quantitativo, existe o aumento qualitativo da violência.

Na manhã de terça, tivemos o que está sendo chamado de "o primeiro caso de GRANADA perdida" no Rio. No morro do Juramento, uma criança de dois anos e seus pais foram as primeiras vítimas. Já não bastava a rotina de balas perdidas, agora a população deve temer mais um tipo de artefato "sem rumo". Uma evolução, pode se dizer, não? A tecnologia atinge a todas as classes socias.

Mas o que é uma granada em posse de bandidos quando, em uma declaração do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, descobrimos que os bandidos possuem atiradores de longa distância: os sniper. Segundo o secretário, o soldado do Batalhão de operações especiais (Bope), Wilson Santana Lopes, morto nas ações no Complexo do alemão iniciadas no início deste mês, foi atingido por um tiro disparado por um "sniper do tráfico". O laudo de necropsia do soldado mostra que o policial foi atingido de propósito em local estratégico onde o seu colete a prova de balas era mais vulnerável. A história de que os bandidos eram os maiores responsáveis pelos índices de acidentes com balas perdidas por não conhecerem armamentos e técnicas de tiros pode ser deixada de lado.

O que é mais impressionante é como criminosos podem possuir tais artefatos, armamentos e treinos ( possivelmente) se em operações policiais, como uma das últimas feitas no Complexo das favelas do Alemão, as apreensões foram de apenas 2 revólveres calibre 38, além de 150 trouxinhas de cocaína e mais outras poucas de maconha. Onde será que eles "escondem" seu arsenal bélico que nenhum policial consegue apreender?

terça-feira, 22 de maio de 2007

Liberdade para a imprensa.

A liberdade de imprensa sempre foi assunto entre os profissionais de comunicação tanto quanto entre os não-profissionais. No último dia 08, foi realizada a II Conferência Legislativa de Liberdade de Imprensa promovida por várias entidades representativas dos meios de comunicação. Esta conferência tinha como objetivo colocar em pauta a "provável" censura aos meios de comunicação pelo governo e por empresas que visam o poder através do controle da informação.

O jornalista, sociólogo, mestre, doutor e pós doutor Venício A. de Lima, em seu texto para o site "Observatório da Imprensa", causou-me angústia na alma em, mais uma vez, confirmar este abuso de poder sobre a imprensa brasileira e mundial. O surgimento do "quinto poder", o de manipulação e controle do que pode ou não ser visto, lido e ouvido, é o caos da imprensa. Uma desilusão para estudantes como eu, que podem, inicialmente, desacreditar na escolha que fizeram de tornar o Brasil um país mais informado e crítico com a intenção de reforçar esta democracia, de fortalecer o poder de voto que a população tem e que decide o caminho político da nossa sociedade.

A informação íntegra e verdadeira, seja ela política, social, cultural, é direito de todos e dever dos meios de comunicação. Concordo com Venício quando ele diz que os meios de comunicação são apenas "meios" por onde passam as informações e que não têem o direito de interferir na verdade da informação seguindo interesses de empresários e governantes.

Ainda acredito muito na imprensa capaz de mostrar sua força e credibilidade ao informar os fatos. E por isso continuarei como estudante até que seja necessário pois meu futuro está em informar veridicamente a todos os cidadãos por direito.